Gasóleo e gasolina mais caros, alegadamente por terem mais “bio-combustível”

A Lei europeia obriga estados-membros a subirem de 7% para 10% a presença de bio-combustíveis. Segundo a Apetro – Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas, incorporar bio-combustíveis encarece o preço dos combustíveis rodoviários, porque o seu processo produtivo ainda é mais caro do que o da exploração e refinação de petróleo.

Segundo a APPB (Associação Portuguesa de Produtores de Biocombustíveis), em dezembro último o preço do FAME, que é incorporado no gasóleo, estava em 821 euros por metro cúbico (cerca de 82 cêntimos por litro, contra os 47 cêntimos por litro que custa o gasóleo, antes de impostos).

Sendo mais caro, e havendo a obrigação de aumentar de 7% para 10% a incorporação de bio-combustíveis, estes irão este ano agravar a factura dos portugueses. (Apesar de nalguns países como o Brasil, este tipo de combustíveis ser mais barato que a gasolina.)

A incorporação de bio-combustíveis está longe de ser consensual na comunidade científica, pois se é certo que reduz as emissões de co2, aumenta a emissão de N2O do solo, proveniente da adubação, e o uso do bioetanol em substituição da gasolina nos automóveis, também se revelou mais nocivo no que se refere às emissões de NOx e CHO.

Certo é que por cá a medida vai mesmo avançar, e portanto que nos próximos dias todo o combustível distribuído já vai cumprir as regras, ou seja, o preço vai subir entre 1,5 e 2 cêntimos.

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FONTEexpresso.pt
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