Operação Marquês: José Sócrates está acusado de 31 dos 189 crimes

O ex-primeiro ministro José Sócrates está acusado desde 2017, na operação Marquês, de 31 crimes de corrupção passiva, branqueamento de capitais, falsificação de documentos e fraude fiscal, num processo com 28 arguidos e que já dura há sete anos.

O juiz Ivo Rosa marcou para sexta-feira a leitura da decisão instrutória, pela qual se vai saber quem vai a julgamento e por que crimes fica pronunciado, sendo, contudo, passível de recurso para o Tribunal da Relação.

O processo, um dos mais mediáticos de sempre da justiça portuguesa e que pela primeira envolve acusações de corrupção a um ex-chefe do governo, começou a ser investigado em julho de 2013 e reuniu extensa prova documental e digital, da qual fazem parte mais de três mil documentos em suporte de papel e 13.500 milhões de ficheiros informáticos.

A fase de instrução, e que termina na sexta-feira, foi pedida por 19 dos arguidos e começou em 28 de janeiro de 2019. O crime de branqueamento de capitais é o que tem mais expressão no processo com a imputação de 86 crimes, seguida por fraude fiscal (35), falsificação de documentos (34) e corrupção ativa (11).

Soube-se entretanto que José Sócrates é herdeiro de uma fortuna de 34 milhões (ver aqui), até então desconhecida, e que poderá ser um factor crucial para a acusação.

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