Com um texto tocante, Sara Figueiredo explicou que a doença foi detetada no início do ano e que a menina precisa de um dador de medula óssea compatível. A fotografia e o texto já têm mais 70 mil partilhas e a tia desta menina, que vive com a família em Paredes de Coura, promete não parar de tentar.
Leia a publicação que está a comover Portugal:
«Boa noite a todos,
Escrevi esta mensagem na sala de espera do Instituto Português de Oncologia (IPO) na cidade do Porto com a esperança que este texto chame por ti. Sim, por ti e por todos! Peço-vos que leiam.
Até agora era eu quem estava desse lado. Tantas e tantas vezes me deparei com algumas mensagens emotivas de familiares de crianças com doenças oncológicas. Confesso que nunca fiquei indiferente, mas também nunca li duas vezes o mesmo texto sob pena do sofrimento atroz que um tema destes nos provoca. A minha pequena parte estava feita. Pelo menos eu achava que sim. Sou dadora de sangue desde os 18 anos. E também estou inscrita no banco nacional de dadores de medula óssea desde os 22. Qualquer uma das análises que fiz, fi-la de forma consciente. Mas devo confessar que não percebi o real e verdadeiro impacto que podem ter estas ações até hoje. Este Hoje dói.
Pois, hoje escrevo do outro lado. O lado da angústia e medo e do sentimento de revolta e impotência. Acho que Hoje eu talvez comecei a perceber o tal impacto. Agora, é a minha menina. A Maria.
A Maria tem 3 anos. Em abril próximo fará os 4. A Maria é muito mais que uma fonte inesgotável de alegria e amor para todos. Ela é a A minha Maria, a minha bebé. A minha sobrinha. Ninguém que por ela passa fica indiferente, pois enorme é a sua dimensão interior em relação ao seu pequeno tamanho exterior. A beleza é também incomparável. A Maria é linda!
Há uma semana [a meio de janeiro] soubemos que a Maria tem um soldadinho mau dentro dela. Muito mau. Daqueles que nem nos pesadelos nos deviam assombrar. Mas assombram e assombram a nossa realidade. Chamam-lhe Leucemia. É dificil de escrever esta palavra, mas ainda mais de a pronunciar com respeito a alguém. E ainda mais com respeito a alguém nosso!», explicou Sara Figueiredo.
«A única hipótese de continuar a alegrar a vida de todos aqueles que a rodeiam é com um transplante de medula óssea»
Continuou:
«A Maria tem Leucemia Mielomonocitica e a única hipótese de continuar a alegrar a vida de todos aqueles que a rodeiam é com um transplante de medula óssea após os dolorosos tratamentos de quimioterapia que já iniciou. Os tratamentos são insuficientes para a cura. Esta doença é a mais rara das Leucemias e por isso a de mais difícil tratamento. A taxa de sucesso da cura é reduzida.
Nós não aceitamos desistir! Eu nunca aceitarei tal facto. A estatística está contra a nossa Maria, mas nós vamos lutar contra estes malditos números. É pela Maria e por todas as outras Marias que vos peço apenas 1 gesto:
Se tens mais de 18 anos e menos de 45 anos, esta mensagem é para ti. Dirigi-te a um centro do Instituto Português do Sangue e inscreve-te no banco nacional de dadores de medula óssea. Existem por todo o país. São alguns ml de sangue para ti e podem ser vários anos de Vida da nossa Maria. Ou de outros meninos com patologias semelhantes. Para os restantes que não se incluem nesta faixa etária: o vosso papel é também fundamental! Partilhem por favor. E consultem o seguinte site que reúne as informações mais relevantes sobre como devemos proceder e quais os locais disponíveis:
www.apcl.pt/pt/informacoes/seja-dador-de-medula
Não vos peço apenas como familiar da Maria, falo-vos como cidadã. Ser solidário é um sentimento que nos enche o coração de alegria. Experimentem!
Após este longo e sentido texto, agradeço ainda aqui estarem e peço por favor que não seja apenas mais uma mensagem como tantas outras neste meio. Esta é diferente! Todas as Marias merecem.
Passem por favor este pedido premente. Ajudem-nos a salvar a nossa princesa Frozen,
Agradeço de coração,
A tia Sara».
Na luta, Sara tem mostrado aos seus seguidores e a quem ajuda partilhando as publicações a saberem quando podem dar sangue e registar-se para dadores de medulta óssea.
